quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Nasci no tempo errado...


Terminantemente esse não é o meu tempo... eu sou da época das mulheres queimando sutiens em praças, dos vestidos rodados e luvas, do batom e scarpans vermelhos, das saias cintura alta e sapatos de bico fino, do filme "breakfast at tiffany's", do ballet clássico e engessado, das músicas de biquini de bolinha da ana maria, do topete e jaquetinha de couro, ... sou dos dias claros e sorte escura, das noites não durmidas esperando pelas ruas que os/nos/me esperavam pra protestar e reclamar o que é nosso por direito... sou do tempo das pessoas que não se conformavam e nem esqueciam... que a vida não valia os grandes mas a morte servia aos pequenos no seu fortalecimento. Definitivamente, eu nasci na tempo errado... mas que tempo é esse senão o tempo do dinheiro na cueca já esquecido e passado, da fome no sertão apagada e descaso para com os indígenas, das crianças que são sombras e homens que são nada. Que tempo é esse senão o tempo dos atos secretos transbordando o esgoto da capital do meu país, e um movimento estudantil fraco cuja representação virou rato do presidente-partido e coloca a sua sujeira debaixo do tapete da casa dos estudantes. Que tempo é esse, senão o ontem que é o hoje e vai ser o amanhã até que a humanidade conheça o significado da palavra que a designa.

terça-feira, 27 de outubro de 2009



O rodo cotidiano d'o rappa que se mistura com o famoso jeitinho brasileiro cultural, e em pleno século XXI temos a "deshonra" e desprazer de olhar todos os dias para os mesmo problemas, os mesmos erros e os mesmos descasos sem ânimo de mobilização e vontade de mudança. A cena lamentável de um jumento que puxa o burro de carga humano desumanizado. "Meu troco é pouco... é quase nada..." Natal/out-09